24 dezembro 2009
16 dezembro 2009
24 outubro 2009
19 outubro 2009
Obrigado por teres vindo pedir um cigarro...
14 julho 2009
Aqui na Terra
08 julho 2009
04 junho 2009
Mi Lucha
27 maio 2009
Conversa à beira rio...
"Porque é que Jesus chorou? Perguntou Sutttree.
Ãh?
Ele apontou para o letreiro. Porque Jesus chorou?
Não conheces as escrituras?
Alguma coisa.
Ele chorou por haver gente a trabalhar aos domingos.
Suttree sorriu.
Jesus chorou por causa de Lázaro, disse o cabreiro. Lá não diz, mas cá para mim Lázaro é bem capaz de ter chorado também quando se viu de volta a este vale de lágrimas, depois de ter `tado morto e livre de aflições durante quatro dias. Devia `tar no Paraíso. Jesus não havia de trazer de volta um fulano que `tivesse no Inferno, pois não? Eu cá havia de ficar pior que estragado, se fosse pró Paraíso e depois me trouxessem de volta práqui, atão e tu?
Também, acho eu.
Podes crer que eu tenho cá na intenção preguntar a ele quando o vir.
Perguntar a quem?
A Jesus Cristo.
Vais fazer perguntas a Jesus Cristo sobre Lázaro?
`Tá claro. Tu não fazias? Ah, eu tenho na ideia fazer uma perguntas a ele. Um dia hei-de falar com ele, tal e qual como `tou aqui a falar contigo. O melhor é levar o discurso preparado."
Suttree - Cormac McCarthy
19 maio 2009
14 março 2009
Soneto 126
áspero, tierno, liberal, esquivo,
alentado, mortal, difunto, vivo,
leal, traidor, cobarde y animoso;
no hallar fuera del bien centro y reposo,
mostrarse alegre, triste, humilde, altivo,
enojado, valiente, fugitivo,
satisfecho, ofendido, receloso;
huir el rostro al claro desengaño,
beber veneno por licor süave,
olvidar el provecho, amar el daño;
creer que un cielo en un infierno cabe,
dar la vida y el alma a un desengaño;
esto es amor, quien lo probó lo sabe.
Lope de Vega (1562 -1635)
26 fevereiro 2009
Zorn/Baptista/Ttukunak
בתי הספר של הלל ו מחלוקת שני וחצי שנים אם זה היה יותר טוב אם האיש היה או לא היה נוצר. לבסוף הם הסכימו זה הי יותר טוב היה לו לא נוצר, אבל מאז שהוא נוצר, תן לו לחקור את העבר עושה ולתת לו לבחון מה הוא עומד לעשות.
יומן לאבגד
Babylonian Talmud / Erubim 13b
20 janeiro 2009
Política interna e esquecimento...
“Nascemos súbditos. Somos súbditos a partir do momento em que nascemos. Uma marca dessa sujeição é a certidão de nascimento. O Estado aperfeiçoado detém e conserva o monopólio de atestar o nascimento. Ou nós é passada (e trazemos connosco) a certidão do Estado, adquirindo assim uma identidade que no decurso da nossa vida permite ao Estado identificar-nos e fazer o nosso seguimento (perseguir-nos), ou prescindimos de identidade e condenamo-nos a viver fora do Estado como animais (os animais não têm documentos de identidade).
Não se trata apenas de não podermos entrar no Estado sem certificação: aos olhos do Estado, não morremos enquanto o nosso óbito não for certificado; e só nós é passada uma certidão de óbito por um funcionário (ou funcionária) que por sua vez é detentor (ou detentora) de uma certificação estatal. (…)
Que o cidadão viva ou morra, não interessa ao Estado. O que importa ao Estado e aos seus registos é se o cidadão está vivo ou morto.”
Diário de Um Ano Mau – J.M Coetzee