"Adeus! Agora vais viver, ou morrer! Tens poucas probabilidades. Este baile macabro a que foste arrastado durará ainda alguns anos criminosos e não queremos apostar muita coisa na tua possibilidade de escapar. (...) Certas aventuras da carne e do espírito, que educaram a tua simplicidade permitiram-te vencer no domínio do espírito aquilo a que não escaparás certamente no domínio da carne. Momentos houve em que nos sonhos que tu «governavas», viste brotar da morte e da luxúria do corpo um sonho de amor. Será que dessa festa da morte, dessa perniciosa febre que incendeia à nossa volta o Cêu desta noite chuvosa, também o amor surgirá um dia?"
Thomas Mann (1875-1955) Der Zauberberg, 1924
5 comentários:
A imagem, é de facto única... repele e ao mesmo tempo chama-nos.
Thomas Mann é um dos meus escritores favoritos, e sim ele escreve a lingua da vida rodopiada com a morte.
Gostei muito do livro dele Morte em Veneza... este não conhecia... mas abriste o apetite a dizer-lhe não adeus mas sim gostava de ler.
grande reflexão infindável.
...do amor e da morte...
beijO
onde nos esmagamos.
como abóboras.
Olá!
Li só uma parte deste texto, mas pela sua auto-descrição, pelas imagens e fotos que vi aqui, já gostei.
Logo mais volto mais empenhado e leio mais de lugar "onde coisa estranha nada acontece".
Até a volta!
será que de ti próprio
vi(ve)rás
em amor?
...
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