"Sempre que pronunciamos alguma coisa, desvalorizamo-la singularmente. Acreditamos ter mergulhado profundamente nos abismos, mas, quando voltamos à tona, a gota da água nas pálidas pontas dos nossos dedos já não se parece com o mar de onde provém. Sonhamos ter descoberto tesouros maravilhosos numa mina, mas quando voltamos à luz do dia apenas trazemos pedras falsas e cacos de vidro; mesmo assim, o tesouro brilha, imutável, na escuridão."
Maeterlinck (1862-1949)
Foto: Bill Brandt
6 comentários:
Excelente escolha de imagem e palavras ;)
a luz que brilha nos dedos que se enterlaçam, mesmo nas minas.... as que conseguem respirar no exterior, à luz.
são ciclos só:
duros
sapatos de ferro
e outra
vez:
choco late )
não gosto tanto assim de sonhar.
mas sim: acreditar de facto ~
na possibilidades
profundamente
enraizadas de
ser.
com ou sem tesouro
de ser: inadiado.
enquanto o tempo escurece
convocando sombras
ser apenas o tecido
modelada carne
que amanhece
tenra água flor de lis
rio de ocorrência clara
~
BLÁ, BLÁ, BLÁ, BLÁ :)
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