Após um tempo,
Aprendemos a diferença subtil
Entre segurar uma mão
E acorrentar uma alma,
E aprendemos
Que o amor não significa deitar-se
E uma companhia não significa segurança
E começamos a aprender...
Que os beijos não são contratos
E os presentes não são promessas
E começamos a aceitar as derrotas
De cabeça levantada e os olhos abertos
Aprendemos a construir
Todos os seus caminhos de hoje,
Porque a terra amanhã
É demasiado incerta para planos...
E os futuros têm uma forma de ficarem
Pela metade.
E depois de um tempo
Aprendemos que se for demasiado,
Até um calorzinho do sol queima.
Assim plantamos nosso próprio jardim
E decoramos nossa própria alma,
Em vez de esperarmos que alguém nos traga flores.
E aprendemos que realmente podemos aguentar,
Que somos realmente fortes,
Que valemos realmente a pena,
E aprendemos e aprendemos...
E em cada dia aprendemos.
Jorge Luís Borges (1890-1986)
14 julho 2008
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7 comentários:
aprendemos a aprender
embora creia que em todas as
almas
existe um
s e m p r e
~
e continuo a aprender aprendendo, em caebçadas e pontapés certeiros, aprendo a aprender o que desaprendo sempre
agora
ariel sem canto endeixa
moldura se areia
enleia
enternecida muda
sereia
e des aprendemos
( criamos espaços vazios
a
ser ... :)
Contigo, aprendendo. E partilhando. Sempre. Abração
E nessa aprendizagem ao longo da vida vamos percebendo que não podemos viver pelos outros, que raros são os que vivem, que a maioria unicamente existe.
Tão VERDADE!
Mas isto não é de Borges. Creio.
Te direi algo.
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